Após assistir um documentário:
que fala do golpe de estado bancado pelos EUA no Chile,comecei a fuçar e encontrei vários coletivos de cybercomunismo, o que achei interessante o termo por conta própria, mas não tendo propriedade no assunto preferi, escolher recortes de matéria retiradas do site jacobin.com.br e fazer um comparativo com o que empresas fizeram no passado.
Na década de 1970, os críticos caracterizavam o Projeto Synco como uma forma de controle autoritário e centralizado, pois ele coletava dados sobre as atividades das fábricas e os canalizavam para o governo chileno. A revista New Scientist, por exemplo, publicou um editorial declarando que: “se esse [Projeto Cybersyn] for bem sucedido, Beer terá criado uma das armas mais poderosas da história”.
No entanto, tais interpretações estavam confusas sobre como o sistema realmente operava. A má interpretação era muitas vezes ideológica – no Chile elas estavam ligadas às críticas mais gerais ao governo de Allende pela oposição política de direita, que afirmava que o governo estaria destruindo as liberdades civis chilenas. A mesma oposição de direita que pouquíssimo tempo depois apoiaria o golpe, a ditadura e a repressão de Pinochet.
Na verdade, o Projeto Synco/Cybersyn não funcionava como uma forma de controle centralizado abusivo, pois incluía mecanismos para proteger e preservar a autonomia das fábricas. Essas proteções estavam embutidas no próprio design do sistema. O governo, por exemplo, poderia intervir em atividades de chão de fábrica somente depois que o software detectasse uma anomalia de produção e a fábrica não conseguisse resolver a anomalia dentro de um período de tempo previamente estabelecido.
Uma comparação dos críticos à época era sobre o modelo ser autoritário, provavelmente mt bem bancada pela CIA, agora colocando no escopo, se um sistema q coletasse dados das empresas locais já gerava pânico neles, imagina hoje, sabendo dos escândalos da Cambridge Analytica? Imagina o stuxnet, utilizado pelos EUA pra atacar o sistema SCADA de outro país?
Vê como somos ingênuos?
Um sistema quase como uma blockchain da época de 70 alarmou os EUA a ponto de dar um golpe num país, mas o roubo de dados de uma empresa, não soou o alarme de nenhum governo de oposição em relação aos estados unidos? Pq nada aconteceu depois que Snowden abriu a boca? Era o suficiente pra todos os países do mundo exigir no mínimo explicações aos EUA.
Continuando nossos compartivos…
Limitações humanas e tecnológicas colocavam uma restrição adicional sobre a intervenção governamental. Os operadores da fábrica, por exemplo, não eram capazes de monitorar milhares de índices de produção por dia, mas podiam rastrear de dez a doze dos mais importantes. Limitar o número de indicadores também tornava mais fácil para o software detectar as emergências mais urgentes que precisassem de ação governamental. Isso exigia que os engenheiros chilenos tomassem decisões sobre quais dados o governo realmente precisava.
Mano!
O time de Allende simplesmente criou um ICS Framework em 1970!
Mas agora saindo um pouco do escopo de Allende e entrando diretamente no cybercomunismo. A grande luta será do alinhamento das AGI, já diziam os amigos maoístas, mas tb da capacidade do poder de escolha direta, ou seja da autoridade do povo como dito no livro verde de Muammar Gaddafi.
Ainda que coexista em sistemas particulares, o cybercomunismo lutará para acabar com a desigualdade na melhor forma possível, na educação, acredito que esse seja o modelo necessário pra era que iniciamos.
Essa matéria está muito boa pra quem quiser conhecer mais do assunto e assim como eu, mergulhar nesse "novo" universo.