Vigiados da ditadura: regime militar espionou 71 mil pessoas em Brasília

Materia publicada no site metrópoles contradiz a versão bolsonarista de que só individuos  da clandestinidade estariam sendo observados.

Sempre que estivermos diante de uma matéria dessa, iremos lembrar aos companheiros e kompas que o monitoramento de indivíduos que lutaram e lutam contra a ditadura do capitalismo é sempre de extrema violação de direitos individuais. Não podemos ser românticos a pontos de achar que um governo maquiado como de Bolsonaro ou Lula, simplesmente vai deixar de existir bancos de dados paralelos porque um lutava contra o Estado, bozo neoliberal,  e o outro por ter mais pautas progressistas vai simplesmente abolir esses órgãos. Só trocam os diretores. Sempre vai ser assim.

Prova disso é o estado policialesco que Flavio Dino instaurou no RN. Poucas exigências dos irmãos dos presidios foram atendidas, em troca, um estado policial vai se estruturando com milhões sendo gastos em segurança publica e pouco sendo feito para a saúde dos irmãos detidos.

Voltando aos bancos de dados e monitoramento sem escopo.

A inteligencia desses orgãos não são apenas dos que conhecemos, como ABIN e policias federal, civil e militar, estamos tratando tb da inteligencia do exército, marinha e aeronáutica, de órgãos ocultos dos ministérios da justiça, das secretarias de segurança pública e outros ainda que  com certeza absoluta, se vc esteve em alguma manifestação nos ultimos 10 anos de frente ao Congresso, então provavelmente está incluido em algum banco, o que fica ainda mais dificil entender sob quais parametros eles escolhem seus alvos.

 

 

Vários aplicativos espiões foram cogitados pelo governo bolsonaro pra investigar companheiros, sem nenhum método legal eles efetuaram pesquisas e adquiriram os aplicativos, e nada ainda aconteceu…por exemplo, temos o queridinho da policia civil do maranhão, "Sigma", que se confunde até como sistema, quase um maltego, o do mossad israelense "Cellebrite e Pegasus","Predator" da Macedonia do Norte, conhecido por espionar jornalistas…

No Brasil, nunca deixando de decepcionar (contem ironia) no seu método de perseguição aos manifestantes de qualquer espectro partidário ou apartidário, escolhe o Pegasus e o FirstMile, os próprios jornalistas da Globo tb utilizaram conforme citado pelo companheiro infiltrado na rede esgoto,entre outros apps espiões brasileiros que são vendidos diariamente como promessa de vigiar o celular da criança, da filha, do namorado do filho mas que diante da "falta de escopo", concedida por esses apps, tornam-se "stalkerwares", que até o pessoal da anistia internacional juntou nesse link alguns indicadores mais conhecidos, para uma leitura e "match" se detectado no log do seu aparelho algum desses indicadores.

Ou seja, os usuários simplesmente colocam o número de quem quiser e ficam a vigiar o seu alvo, já ouvi muito de advogados rivais que eles próprio divulgam o número público e o número privado para que poucas pessoas realmente saibam qual o outro número que ele tem, registrado sob outro cpf pra não dar rastro nenhum pra policia.

Assim, cada um bola sua estratégia, chip diferente, celular diferente, lembrem-se disso tb, é bom deixar o q ja esta sendo monitorado como "honeypot" pois a partir do momento que o celular é infectado, se mesmo rodando o MVT não for detectado, mas vc validou por tráfego criando um access point, é que independente do chip q colocar nesse aparelho, lá estará com a escuta, com o controle literalmente na mão dos suínos.

Alguns com uma cultura mais restritiva preferem nem falar perto do aparelho com o chip novo, adotando uma personalidade dupla, utilizando ferramentas de criptografia  para comunicar sem deixar rastros na escrita da fala (SPEECH TO TEXT).

Outra estrategia mais eficiente e para aqueles que já sabem serem monitorados, um pouco mais restritiva, aderem a abolir o uso do celular e voltar às cartas com uso de criptografia mudada semanalmente, adotando assim um modelo quase impossível de ser rastreado..

 

Há uma outra estratégia interessante a validação por localização. Se vc passar um mês com o vpn dinâmico ligado, e tirar no dia q vc sair, e de repente brotar  um monte de carro de policia atras de vc ou "aparecer" no local onde estiver, não tenha dúvidas de q ou vc foi caguetado pelo p2, ou eles estão observando seus passos.

 

Esse sabado fiz esse teste e notei , a primeira viatura se aproximar e eles debochando, falaram meu nome bem alto.

Depois quando fui dar um mergulho no lago paranoá, novamente outra viatura tentou acessar meu perímetro, mas o portão estava fechado, o que obrigou a bura a dar meia volta e ir embora.

Eu fiquei pensando, se a gente decidisse agir como eles.

Esperar a filha de um sargento na porta da escola dela, e quando ele ou a e esposa ir buscar, dizer o nome dele e de sua filha pra ele com sorriso no rosto. Qual seria a reação desses porcos malditos?

Resta testar.

Outra previsão nada surpreendente, quanto vale um órgão?

Sempre que novas perspectivas atingirem à mudanças no sistema carcerário, tenha uma pulga atrás da sua orelha. É o que vamos ver nessa pequena investigação, antes, pra não perder o costume, um trecho do livro O ESPIRATA:

Sem falar nos novos bilionários brasileiros que lucram em cima da ignorância do povo e das brechas que as leis e códigos penais oferecem,o mesmo dono da wizard por exemplo,que comprou a empresa de alimentos organicos é hoje quem lucrou com a fabricação do medicamento do tratamento precoce que nunca existiu, gravou um vídeo rindo com o lucro que estaria sendo feito para garantir o funcionamento de sua empresa e ações que pipocaram no mercado financeiro. O black mirror brasileiro está em curso e com força total. Detentos, enquanto escrevo, são forçados a pedalar para gerar energia em alguns presídios federais. Sob o pretexto de terem suas penas reduzidas em um dia a cada 16 horas, alguns com certeza serão torturados nesses equipamentos.

 

Aqui já vemos a nova modalidade de tortura defendida até por coletivos de sustentabilidade. Os relatos que chegam de tortura na papuda não param, independente do motivo, tudo é válido para os carcerários encontrarem prazer em destruir as mentes dos que já se encontram em condições desumanas nos depósitos de pessoas presas.

Mas nada chega aos pés do que um projeto de lei em Massachusets, planeja fazer.

Que os presos doem seus órgãos para conseguir a liberdade.

E eu pensei que o black mirror brasileiro era o pior, estava muito enganado.

Quanto vale um órgão humano? Tenho pensado nessa questão desde que soube de uma proposta de mudança preocupante na lei em Massachusetts (EUA), que permitiria que pessoas encarceradas trocassem suas partes do corpo por reduções em suas penas de prisão.

É isso mesmo. Os presos que doarem um dos seus órgãos ou a medula óssea podem ser recompensados com uma redução de 60 a 365 dias de sua pena se a lei for aprovada.

Segundo um dos responsáveis pela elaboração do projeto de lei, um dos benefícios é que ele aumentará o conjunto de potenciais doadores de órgãos. É verdade que há uma enorme escassez. Só nos EUA, mais de 100.000 pessoas estão à espera de um transplante e 17 pessoas morrem na lista de espera todos os dias.

Contudo, leis como essa não são a forma certa de mudar isso. Vamos analisar os muitos problemas desse projeto de lei.

Se submeter a uma cirurgia ou a outros procedimentos dolorosos para doar um rim, lóbulo do fígado ou medula óssea para salvar a vida de outra pessoa é uma das coisas mais generosas e altruístas que qualquer um pode fazer.

Entretanto, tais procedimentos não são isentos de riscos. Por exemplo, qualquer tipo de cirurgia tem o potencial de danificar outros órgãos ou resultar em infecções. As pessoas que doam rins têm maior probabilidade de, um dia, precisar de diálise ou de receber um rim doado.

É essencial que os doadores vivos compreendam e aceitem estes riscos em sua totalidade para que a sua decisão de doar seja devidamente informada e livre. Será que uma pessoa sofrendo na prisão, e desesperada para sair, consegue dar o seu consentimento livre e consciente dos perigos?

“Esta lei está sendo divulgada como um incentivo”, afirma Jennifer Bell, bioeticista da Universidade de Toronto, Canadá. Mas, haveria algum grau de coerção envolvida? Por definição, coerção implicaria haver alguma ameaça de dano influenciando a decisão da pessoa. O projeto de lei não menciona isso. Todavia, passar um ano a mais na prisão pode ser prejudicial para algumas pessoas, sobretudo se houver risco de violência, surto de doença ou condições de calor excessivo.

As pessoas encarceradas também podem não conseguir fornecer um histórico médico completo e franco, algo fundamental para determinar se podem ser doadores adequados, adverte Peter Reese, nefrologista da Universidade da Pensilvânia (EUA) que avalia potenciais doadores de rins e que já trabalhou em uma prisão feminina.

Os médicos costumam perguntar aos possíveis doadores sobre sua saúde, bem-estar e capacidade de cuidar de si mesmos, bem como se fumam ou usam drogas recreativas. Tais fatores afetam não só a viabilidade dos seus órgãos para doação, mas também a probabilidade de se recuperarem bem do procedimento.

“Me preocupo de que uma pessoa presa pode não se sentir confortável em passar um histórico completo e transparente”, afirma Reese. “É difícil avaliar o estilo de vida de alguém que está encarcerado e não é livre de verdade para tomar decisões”.

O projeto de lei também possui outros problemas. Seu objetivo parece ser usar pessoas que estão na prisão para aumentar o número de doações de órgãos vivos. Sabemos muito bem que tais pessoas são um grupo vulnerável, muito mais propenso a ter nascido na pobreza ou a ter sofrido abusos na infância. Também sabemos que as minorias étnicas e raciais compõem a maioria das populações prisionais. Por exemplo, 30% dos presos nos EUA são hispânicos e 38% são negros.

“Poderia ser visto… como a extração de órgãos dos negros para dar a outras pessoas”, conclui Bell. “Como uma questão de exploração”. 

O deputado estadual Carlos González, um dos responsáveis pelo projeto de lei, enviou uma declaração a Technology Review americana argumentando que “aumentar o conjunto de potenciais doadores é uma forma eficaz de aumentar a probabilidade de membros da família e amigos negros e latinos receberem tratamento capaz de salvar vidas”.

É verdade que as pessoas de minorias raciais e étnicas têm ainda mais dificuldade em obter os órgãos que precisam. Por exemplo, em 2020, o número de transplantes realizados em pessoas brancas foi de 47,6% da parcela que atualmente está aguardando. Entre os negros, esse número foi de apenas 27,7%. Contudo, existem outras formas de comunicar sobre a doação de órgãos para comunidades minoritárias e incentivar a tomada de decisões fundamentadas sobre o assunto. E elas não deveriam envolver a troca de órgãos pela liberdade.

O que nos remete ao primeiro ponto. Quanto valem os nossos órgãos e como essa decisão é tomada? Um rim vale um ano de liberdade? A medula óssea vale menos? “Como eles fazem esse cálculo?” Bell se pergunta. “Seria mesmo uma troca justa?”

Por sorte, mesmo que o projeto de lei seja aprovado, isso não significaria que tais transações aconteceriam. Cada doação de órgãos tem de ser aprovada por uma equipe médica e ética, que inclui uma pessoa cuja única função é defender o doador. Reese acredita que é improvável que todos se sintam confortáveis com esse tipo de permuta. E acho que é melhor que seja assim.

Fonte: https://mittechreview.com.br/um-projeto-de-lei-em-massachusetts-pode-permitir-que-detentos-troquem-seus-orgaos-pela-liberdade/